Wednesday, May 2, 2012

Sequestro em “Avenida Brasil” termina sem cuidado e de forma inverossímil

Divulgação/Globo
Em ritmo de seriado policial, “Avenida Brasil” manteve o público ligado por uma semana em torno da trama do falso sequestro da vilã Carminha. Repleto de reviravoltas, cenas bem filmadas, ótimos coadjuvantes, o caso deixou mais uma vez em evidência dois grandes trunfos da novela – o texto afiado de João Emanuel Carneiro e a direção caprichada de José Luiz Villamarim e Amora Mautner, do núcleo de Ricardo Waddington.
Divulgação/Globo
Dias antes, os seqüestradores haviam contado com a ajuda de traficantes locais para fechar todas as saídas do local. Nem sinal deles na cena final. Os policiais ainda deram de cara com os seqüestradores, todos armados, mas não os revistaram e os liberaram. Como bem notou o noveleiro Celso Paiva, o líder do sequestro, Moreira, usava a mesma camisa lilás com que havia aparecido, minutos antes, no telhado da casa, encapuzado.

“Avenida Brasil”, a propósito, sugeriu que o ex-policial Zenon e seus capangas seriam, na verdade, “milicianos”, mas perdeu uma boa chance de retratá-los melhor. Max escondeu parte do dinheiro do resgate atrás de uma caçamba, uma cena exageradamente inverossímil. Chamado de Morro dos Prazeres, nome de uma favela pacificada no bairro de Santa Tereza, o cenário onde ocorreu o desfecho do seqüestro parecia mais com uma comunidade localizada em uma área plana.

Uma explicação para os descuidos na gravação do final do seqüestro pode ser encontrada na coluna de Flavio Ricco desta terça-feira. O colunista do UOL relata que a novela está com atraso nas gravações e dispõe de pouca frente de capítulos.

A informação é do Maurício Stycer/UOL
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